SERVIÇOS HIGIENE OCUPACIONAL
LEVANTAMENTO DOS RISCOS
Com o conhecimento prévio dos agentes do ambiente de trabalho, reconhecer os riscos presentes nos processos, materiais, operações associadas, manutenção, subprodutos, rejeitos, produto final, insumos. Estudar o processo, atividades e operações associadas e processos auxiliares, não apenas com os dados existentes na empresa, mas também conhecendo a literatura ocupacional específica a respeito.
Pesquisa de agentes químicos presentes em:
– Matérias primas utilizadas na produção
– Produtos auxiliares utilizados no processo/produção
– Produtos intermediários
– Produtos acabados
– Atividades realizadas no processo produtivo
– FISP/Boletins técnicos
– Lista do estoque
Definição de metodologia e disponibilidade de Limites de Tolerância
METODOLOGIA
O método a ser utilizado para análise, leva-se em conta o amostrador utilizado, o limite de tolerância a ser atingido. Deve estar devidamente implantado no Laboratório. Normalmente são utilizados os métodos dos seguintes órgãos:
º National Institute for Occupational Safety and Health – NIOSH
º Occupational Safety and Health Administration – OSHA
º De fabricantes*
º Desenvolvidos por laboratórios particulares*
*No desenvolvimento de método para Higiene Ocupacional, para validação, deve-se testar:
º Seleção do meio de amostragem
º Técnica analítica
º Vazão e volume de amostragem
º Recuperação
º Estabilidade da amostra
º Limite de detecção do método
º Precisão e exatidão
º Validação em campo
SELECÃO DO MEIO DE AMOSTRAGEM
Para seleção do meio de amostragem, leva-se em conta o conforto do trabalhador, os métodos de análise disponíveis, o tipo de amostragem (TWA, STEL), validade do amostrador e amostragem, acondicionamento para transporte e o custo/benefício.
Amostragem Passiva
– Amostradores passivos OVM da 3M ou SKC
Amostragem Ativa
– Cassete com filtro
– Borbulhador (impinger)
– Tubo adsorvente
– Balões
ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM
Quando há a constatação da possibilidade de alguma exposição significativa a concentrações atmosféricas de uma substância tóxica, deve-se fazer medições da exposição.
Nem sempre é necessário amostrar todos os trabalhadores. Para se determinar quantos devem ser amostrados, os trabalhadores podem ser classificados por categorias onde basicamente todos têm as mesmas condições de exposição.
Basicamente, a população deve ser dividida em grupos homogêneos em relação ao risco e em cada grupo é feita uma amostragem adequada segundo critérios estatísticos, geralmente segundo o Manual de Estratégias de Amostragem do NIOSH.
Definidos os agentes a serem monitorados e a população de trabalhadores expostos, levando-se em conta a metodologia, a frequência de amostragem e o tipo de coleta, na elaboração da estratégia de amostragem são estabelecidos o número de amostras e colaboradores a serem avaliados e os dias e períodos a serem medidos.
Coleta e análises de agentes químicos: Particulados, Vapores Orgânicos, Gases e Névoas
AGENTES QUÍMICOS
Um agente químico é um composto químico sólido aerodisperso (como poeira), umlíquido ou um gás. Podem ser, por exemplo:
MATERIAIS PARTICULADOS
º Fumos metálicos
º Poeira respirável, poeira inalável
º Amianto
º Sílica livre cristalina
º Negro de fumo
º Poeira de madeira
º Poeira de grãos
VAPORES ORGÂNICOS
º Tintas, thinner, diluentes
º Solventes de limpeza
º Combustíveis (álcool, gasolina, metanol, MTBE, etc.)
º Fumos de asfalto, de alcatrão, piche
º Fumos de borracha
º Formol, glutaraldeído
º Hidrocarbonetos
GASES
º Ácidos Inorgânicos (HCl, HF)
º Cianetos
º Óxidos Nitrosos
º Amônia
º Gases de Enxofre (SO2, H2S e SO3)
º Dióxido e Monóxido de Carbono
º Ozônio
º GLP
NÉVOAS
º Óleo Mineral
º Óleo Vegetal
º Glicerina
º Plastificantes (DBF, DOP)
º Ácidos Inorgânicos (HNO3H2SO4, H3PO4)
Avaliação de Agentes Físicos: Ruído, Vibração, exposição ao calor e iluminamento
AGENTES FÍSICOS
Os agentes físicos são, em última análise, alguma forma de energia, liberada
pelas condições dos processos, equipamentos e ambiente, e que exporão o trabalhador.
Sua denominação habitual:
º Ruído
O termo “ruído” compreende qualquer som que possa provocar uma perda de audição ou ser nocivo à saúde ou contenha qualquer outro tipo de perigo.
Possui duas classificações básicas: ruído contínuo ou intermitente e ruído de impacto.
A avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente são realizadas por meio da determinação da dose diária de ruído ou do nível de exposição.
A avaliação da exposição ocupacional ao ruído de impacto, que são os ruídos que apresentam picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo),são realizadas por meio de medidor de nível de pressão sonora para medição de nível de pico.
º Vibração
A avaliação da vibração tem por objetivo determinar os níveis de aceleração transmitidos ao corpo e compará-los com os critérios estabelecidos pela legislação.
As avaliações são baseadas nos procedimentos de controle de exposição do trabalhador, conforme exigências legais e atendendo as recomendações da Norma de Higiene Ocupacional – NHO – 09: Avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro.
º Exposição ao calor
A presença de fontes de calor associadas ao esforço físico realizado pode ocasionar risco de sobrecarga térmica, que deve ser avaliado pela existência de fatores que facilitem as trocas térmicas do organismo com o ambiente.
As análises para identificação de exposição ao calor são realizadas por meio do método do “Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo” – IBUTG.
º Iluminamento
A iluminação deve estar adequada em todos os locais de trabalho, apropriadas à natureza da atividade. A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
A verificação da iluminância de interiores de áreas, é obtida através da iluminância média sobre um plano horizontal, com dados obtidos por meio de um instrumento com fotocélula com correção do cosseno e correção de cor.